Ordenações Diaconais
No dia 29 de janeiro de 2010, o arcebispo metropolitano de Ribeirão Preto, Dom Joviano de Lima Júnior, SSS, presidirá na paróquia São Pedro Apóstolo, na Rua Bahia, 218, no Ipiranga, em Ribeirão Preto, SP, às 20 horas, a Ordenação Diaconal dos seminaristas:

Cláudio Pires Marçal

Erickson dos Santos

Juliano Gomes

Marcelo Luiz Machado

Robson Eduardo do Nascimento

Diego Fabian Humeniuk, fdcc

Jenalro Paz dos Santos, fdcc.

Dia de São Sebastião agora é feriado em RP


O dia de São Sebastião, 20 de janeiro, por força de lei municipal aprovada no ano passado, volta em 2010 a ser feriado em Ribeirão Preto após mais de 40 anos. O dia dedicado ao padroeiro da cidade deixou de ser feriado a partir de 1967, quando se interrompeu uma tradição que vigorava desde os primeiros tempos do povoado, há mais de 150 anos.
São Sebastião sempre foi invocado pelos moradores como santo protetor contra intempéries, pestes, fome e guerras. Seu nome esteve ligado inclusive ao nome da cidade, que se chamava São Sebastião de Ribeirão Preto.
Durante o tempo em que não houve o feriado, a Catedral de Ribeirão Preto transferia a celebração para o domingo seguinte se 20 de janeiro caísse em dia de semana. Já no tempo em que era feriado, no próprio dia eram realizadas Missas em Ação de Graças e uma grande procissão.
Além disso, quase sempre se marcava um acontecimento importante para o dia 20 de janeiro. Assim foi em 1939, com a inauguração da fonte luminosa da Praça XV e, em 1955, com a inauguração do Museu do Café.

Quando deixou de ser feriado

O dia de São Sebastião deixou de ser feriado em Ribeirão Preto a partir de 1967, quando, por força de decreto-lei federal, limitou-se a quatro o número de feriados religiosos fixados por lei municipal. Continuaram então feriados: Sexta-Feira Santa, Corpus Christi, Ascensão do Senhor e Finados.
Em 1969, a lei mudou, sendo substituído o feriado alusivo à Ascensão do Senhor pelo dia do aniversário da cidade. Com este detalhe: como a competência municipal se restringe à fixação de feriados religiosos (com a recente exceção do Dia da Consciência Negra), recorreu-se à santa do dia, o que permite dizer que, oficialmente, 19 de junho é feriado em Ribeirão Preto não por ser dia do aniversário da cidade, mas por ser dia de Santa Juliana Falconieri.
Autoridades religiosas da cidade sempre denunciaram essa injustiça, sob o argumento de que Santa Juliana Falconieri, italiana, merece respeito e admiração por sua vida dedicada a Deus, mas não tem a ver diretamente com a história e a vida da população de Ribeirão Preto, muito ao contrário do padroeiro São Sebastião.

NO LUGAR DE FINADOS

Esse foi o argumento utilizado quando de tentativas visando mudar a lei dos feriados. Mas a proposta de incluir São Sebastião na lista sempre foi rejeitada na Câmara Municipal ante a pretensão de se manter como feriado o dia do aniversário da cidade.
Esta situação só mudou com o conhecimento de uma lei federal, a de nº 10.607, de 19 de dezembro de 2002, que incluiu 2 de novembro, dia de Finados, entre os feriados nacionais. Até então, em todos os municípios brasileiros respeitava-se o dia de Finados, mas em todos eles por força de lei municipal.
A partir da lei federal, sendo feriado nacional, Finados não precisaria ser feriado municipal e, assim, com essa brecha legal, o vereador Corauci Neto propôs colocar São Sebastião no lugar. O projeto foi no ano passado aprovado pela Câmara Municipal e, depois, promulgado pela prefeita Dárcy Vera, tornando-se lei.
Muitas cidades lembram São Sebastião

Na região, Guará sempre manteve a tradição do feriado no dia 20 de janeiro, respeitando o padroeiro São Sebastião. É o que acontece também no Rio de Janeiro. Mais ainda: a cidade dos cariocas mantém a tradição até no seu nome oficial, São Sebastião do Rio de Janeiro.
O santo dá nome a muitas outras cidades. Ainda no Rio: São Sebastião do Alto. Em Minas Gerais: São Sebastião do Paraíso, São Sebastião da Bela Vista, SS do Maranhão, do Oeste, do Rio Preto, do Rio Verde. No Paraná: SS da Amoreira. No Pará, SS da Boa Vista. Na Paraíba: SS de Lagoa da Roça e SS do Umbuzuro. No Amazonas, SS do Uatamá. No Tocantis, SS do Tocantins. Na Bahia, SS do Passé. No Rio Grande do Sul, São Sebastião do Caí.
São Paulo tem a cidade histórica de São Sebastião, localizada no litoral, com uma igreja dedicada ao padroeiro construída em 1636.

O santo que resistiu às flechadas

As datas de nascimento e morte de São Sebastião são desconhecidas, mas, segundo relatos deixados por Santo Agostinho, ele viveu em Milão, no Século III. Foi capitão do exército romano.
Na época, Deocleciano, imperador de Roma, exercia forte perseguição contra os cristãos. Mas era muito amigo de Sebastião, que se aproveitava dessa influência para pregar a fé em Cristo aos soldados e a toda população, de forma discreta. Assim, ele conseguiu converter grande parte de seus companheiros de Exército e até mesmo o governador de Roma, Cromácio, e seu filho Tibúrcio.
Ao saber que o capitão não cumpria suas leis e protegia os cristãos, ao invés de prendê-los, Diocleciano determinou que trouxessem Sebastião à sua presença. Diante do imperador, ele se manteve firme, não renegando sua fé. Diocleciano, sentindo-se traído em sua amizade, ordenou que fosse condenado à morte.
Sebastião foi levado e amarrado ao tronco de uma árvore para ser morto, com flechadas, em praça pública. Várias flechas vararam o seu corpo e ele foi dado como morto. Mas sobreviveu e, após tratado dos ferimentos, conseguiu forças para novamente chegar ao imperador e criticar sua relação com os cristãos.
Dioclesiano ordenou, então, que fosse espancado até a morte e jogado em vala comum. Uma mulher piedosa e cristã conseguiu retirar seu corpo dali, para sepultá-lo nas catumbas da Via Ápia, em Roma.

Colaboração: Carlos Alberto Nonino - Pastoral da Comunicação

no Yahoo! Vídeo