segunda-feira, 19 de março de 2012
“Alguns santos receberam o privilégio de nos proteger em casos particulares. A São José foi conferido o encargo de nos socorrer em toda a necessidade e em qualquer negócio: de defender, proteger e amparar com perene benevolência todos os que a ele recorrem” (São Tomás de Aquino).
Hoje é um dia especial e a Santa Igreja está em festa!
De todos os santos, poderia haver um que tenha recebido hora tão grande quanto guardar e proteger a Jesus e Maria?
Por isso honramos São José neste dia, como Padroeiro da Família, do trabalho e Pai da Igreja.
“Em comunhão com toda a Igreja, veneramos a sempre Virgem Maria, Mãe de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo; e também São José, esposo de Maria” A missão de José foi doar, como descendente de Davi, arentela e paternidade ao menino, colocando-lhe o nome do qual ele e Maria conheciam bem a profundidade: “Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus [Deus salva], porque ele salvará o seu povo de seus pecados” (Mateus 1,21).
Participação de São José na economia da salvação. O Papa Pio IX sintetizou bem a participação de São José na economia da salvação: “de fato, ele teve como sua esposa a Imaculada Virgem Maria, da qual nasceu pelo Espírito Santo, nosso Senhor Jesus Cristo, que perante os homens dignou-se ter sido considerado filho de José, e lhe foi submisso. E aquele que tantos reis e profetas desejaram ver, José não só viu, mas com ele conviveu e, com paterno afeto, abraçou e beijou; e, além disso, nutriu cuidadosamente aquele que o povo fiel comeria como pão descido dos céus para conseguir a vida eterna. Por essa sublime dignidade que Deus conferiu ao seu fidelíssimo servo, a Igreja teve sempre em alta honra e glória o Beatíssimo José, depois da Virgem Mãe de Deus, sua esposa, implorando sua intercessão em momentos difíceis” (Quemadmodum Deus).
José coloca sua vida a serviço de Jesus e de Maria. Pela iniciativa de Deus, ele se encontra inserido de modo extremo e comprometido no mistério da Encarnação: como esposo de Maria e pai adotivo de Jesus (aquele que, por reputação, é reconhecido como pai de Jesus), assumiu o nascimento do Filho de Deus como acontecimento histórico; testemunhou a virgindade de Maria e o nascimento de Jesus; foi chefe da família de Nazaré, sustentou-a com seu trabalho, a defendeu e a protegeu.
São Bernardo de Claraval (1090-1153), em seus sermões Em louvor à Virgem Maria, se refere a São José da seguinte forma: “a fama da Virgem Maria não seria íntegra sem a presença de José. Nenhuma dúvida que tenha sido sempre um homem bom e fiel. A sua esposa era a Mãe do Salvador. Servo fiel e sábio, escolhido pelo Senhor para confortar sua Mãe e prover o sustento do seu Filho, o coadjutor fidelíssimo, sobre a terra, do grande desígnio de Deus”.
São Tomás de Aquino (1225-1274) considera que a presença de José era necessária no plano da Encarnação porque sem ele se poderia dizer que Jesus era um filho ilegítimo, fruto de uma relação ilícita. Cristo tinha necessidade do nome, do cuidado e da proteçáo de um pai humano. Se Maria não fosse casada, teria sido lapidada pêlos judeus. José e Maria eram unidos um ao outro pelo amor recíproco, um amor espiritual. Eles tinham os direitos conjugais que são inerentes ao matrimónio, ainda que, pêlos votos da virgindade, não fizeram uso.
São Bernardino de Sena (1380-1444), no Sermão sobre São José o considera um “homem especialmente escolhido, por quem e sob cuja proteção se realizou a entrada de Cristo no mundo de modo digno e honesto. Ele encerra o Antigo Testamento: nele a dignidade dos patriarcas e dos profetas obtém o fruto prometido. Mas ele foi o único que realmente possuiu aquilo que a bondade divina lhes tinha prometido”.
Peregrinação na fé. A característica principal de uma espiritualidade ligada a São José é a “peregrinação na fé fundamentada na escuta e na obediência à Palavra de Deus” (Redemptoris custos). São José se aproximou humildemente dos insondáveis mistérios de Deus. Na sua vida, não havia separação entre fé e ação.
São José, além de ser o Patrono da Igreja Católica, é considerado o guardião das famílias, patrono dos trabalhadores e patrono da “boa morte”.
Que ele interceda por nós, para que tenhamos a mesma confiança e possamos fazer experiência do imensurável amor de Deus.
Devoção a São José
A Igreja Católica venera São José com grande afeto. Para estimular cada vez mais nos corações dos fiéis a devoção a São José, exortando-os a implorar com confiança a sua intercessão junto a Deus, muitos Papas dirigiram-lhe sempre novas e maiores expressões de culto público. Sisto IV, em 1479, inseriu no Missal Romano a festa de São José. Clemente X, em 1714, adornou a referida festa com missa e ofício inteiramente próprios. Em 1726, Bento XIII inseriu seu nome na Ladainha dos Santos. Em 1870, Pio IX nomeou São José Patrono da Igreja Católica. Em 1919, Bento XV introduziu no Missal um prefácio especial em honra a São José, esposo da Virgem Imaculada. Pio XII, em 1955, instituiu a memória litúrgica no contexto da festa dos trabalhadores, universalmente celebrada no dia l2 de maio. Em 1962, João XXIII inseriu seu nome no Cânon romano. Em 1989, o Papa João Paulo II escreveu a Exortação apostólica Redemptoris custos, sobre a figura e a missão de São José na vida de Cristo e da Igreja
Posted by Cleiriane @ 11:08
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