terça-feira, 27 de outubro de 2009

Antonietta Meo é a mais jovem Serva de Deus


Uma ex-aluna da Educação Infantil, que faleceu antes de completar sete anos, comprova que crianças também podem ser santas. Conheça a história de Nennolina.

Crianças podem ser santas

Antonietta – Nennolina

* 15 / 12 / 1930 + 03 / 07 1937

A Serva de Deus, Antonietta Meo, apelidada de Nennolina, nasceu em 15 de dezembro de 1930, em Roma. Morava perto da Basílica Santa Cruz de Jerusalém e da Casa Geral das Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, cuja escola freqüentou, desde os três anos. Era alegre, travessa e gostava da escola. As Irmãs afirmam que era muito esperta, madura e aprendia rápido. Não tinha completado cinco anos, quando seus familiares perceberam um inchaço no joelho esquerdo e pensaram ser resultado de alguma queda.


Enfermidade precoce

Depois de alguns diagnósticos e tratamentos, a sentença: osteosarcoma. Em 25 de abril de 1936, amputaram-lhe a perna esquerda. O golpe foi mais duro para os pais do que para Nennolina que, apesar das dificuldades causadas pelo aparelho ortopédico, continuou com as brincadeiras e os estudos. Seus pais, para alegria da menina, decidiram antecipar a data de sua primeira comunhão. A mãe começou a ensinar-lhe o catecismo.


Cartas de Nennolina

A menina aproveitou os encontros de instrução na fé, para escrever cartas, que colocava debaixo de uma estatueta do Menino Jesus, "para ele ler, à noite". A primeira, datada de 15 de setembro de 1936, dirigida à Diretora da Escola, pedia permissão de fazer a primeira comunhão na Capela, na noite de Natal. Depois da oração da noite, Nennolina ditava cartinhas à mãe, que expressam um amor simples, terno e infantil a Jesus, Maria e a seus pais. Tinha clara consciência de Jesus e de como o seguir no caminho da dor. Escreve como as grandes santas do sofrimento, pedindo almas para salvá-las. Repete muitas vezes: "Senhor Jesus, dai-me almas"!

Em casa, não davam importância a estas cartas. Eram deixadas em qualquer parte e muitas se perderam. Quando aprendeu a escrever, assinava: "Antonietta e Jesus". Foram 105 cartas a Jesus, outras a Maria, a Deus Pai, ao Espírito Santo, a Santa Inês e a Santa Teresinha. Dirigia-se a Jesus e a Maria com ternura e confiança, pedindo pelos que a rodeavam, os que se recomendavam a suas orações e para os pecadores. As Irmãs viam a menina aproximar-se do sacrário e exclamar: "Jesus, vem brincar comigo”! “Vem para a escola comigo". Na noite de Natal, em que recebeu Jesus Eucarístico, apesar do aparelho ortopédico causar-lhe dor, após a missa, permaneceu mais uma hora ajoelhada, quieta, com as mãos postas.


A hora se aproxima

Em maio, piorou e recebeu a confirmação de que eram seus últimos dias de vida. Fadiga e tosse não lhe deram trégua. Mesmo sofrendo, dizia: “Estou bem"! Pediu que o sacerdote lhe trouxesse a comunhão todos os dias.

A mãe lembra-se da última carta: "Em dois de junho, sentei-me na cabeceira da cama e escrevi o que Antonietta me ditava: "Querido Jesus Crucificado, eu te quero e te amo tanto. “Quero estar contigo no Calvário”. "Nesse momento Antonietta teve um ataque violento de tosse, depois continuou: “Querido Jesus, repito que te amo muito”. “Ao ver o quanto sofria, com um acesso de raiva amassei o papel e o guardei em uma gaveta".

O professor Milani, médico pontifício, visitou Antonietta. Conversou com ela e ficou assombrado com as dores que suportava sem se queixar. Sabendo das cartas, pediu para ver a última, levá-la ao Santo Padre e falar-lhe sobre a menina. No dia seguinte, um carro do Vaticano parou em frente à casa, com um delegado de Pio XI trazendo a benção apostólica.


A partida

Em 23 de julho, tiram-lhe três costelas, para facilitar sua respiração. Com incrível fortaleza, continuou sorrindo apesar da massa tumoral oprimir seu peito a ponto a ponto de deslocar-lhe o coração. Diante da confirmação de que Antonietta sofre dores atrozes, pela primeira vez a mãe pede: “Antonietta, abençoe tua mãe”! Fazendo grande esforço, traça uma cruz na testada mãe.

Na administração da extrema unção e pergunta a Antonietta: “Sabe o que são os santos óleos?”. “O sacramento que dão aos moribundos”, respondeu. Quando o sacerdote disse que os santos óleos aumentam a graça, aceitou, respondendo às orações, oferecendo as mãozinhas para serem ungidas e beijando com ternura o crucifixo. Era manhã de três de julho de 1937, quando o pai ao aproximar-se para dar-lhe um beijo, ouviu seu sussurro: "Jesus, Maria, mamãe, papai”! Sorriu e exalou um último e longo suspiro.


O amor transborda e a fama cresce

Na manhã seguinte, o ataúde branco foi transportado em meio a uma multidão até a Basílica de Santa Cruz de Jerusalém. A partida de Nennolina é logo acompanhada de conversões e graças. Em um ano são publicadas duas biografias suas. Em 1940, em outras línguas. O processo de beatificação foi aberto em 1942 e a fase diocesana concluída em 1972. Embora nenhuma lei canônica determine os limites de idade daqueles a quem se pretende beatificar, apenas em 1981, com a Declaração da Sagrada Congregação das Causas dos Santos, a Igreja reconheceu que as crianças também podem realizar ações heróicas de fé, esperança e caridade, e serem elevadas aos altares.

Em três de maio de 1999, seus restos foram trasladados para a Basílica Santa Cruz de Jerusalém, em Roma.


Ir. Zuleides Andrade, ASCJ

Posted by Cleiriane @ 07:17

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